Por que escolher o Tesouro Direto?
Há algum tempo, a população brasileira tem se tornado cada vez mais consciente de temas relacionados ao mercado financeiro. O que antes era visto como algo desinteressante tem sido, nos últimos tempos, revisto e repensado. A infeliz performance histórica da poupança e o crescente acesso à informação têm contribuído significativamente para essa mudança.
Em 2021, o rendimento da poupança registrou ganho real negativo. Esse, apesar de muito popular, se torna um investimento pior todos os anos.
É por isso que muitos brasileiros foram em busca de melhores rendimentos e acabaram conhecendo o Tesouro Direto.
A modalidade conquistou muitos fãs por ser, assim como a poupança, um investimento em Renda Fixa. Além disso, é bem simples de aplicar, com risco baixíssimo, mas rentabilidade histórica bem superior que a caderneta. Continue lendo para conhecer melhor esse investimento.
Como funciona o Tesouro Direto?
Assim como os bancos, o governo também emite títulos para se financiar e angariar recursos para despesas com saúde, educação, infraestrutura, e outros. Até alguns anos atrás, esses títulos não eram acessíveis a pessoas físicas, comercializados apenas entre instituições ou através de fundos de investimento.
Em 2002, no entanto, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) criou, em parceria com a BM&F Bovespa, o Tesouro Direto, para permitir a negociação de títulos públicos federais por qualquer brasileiro. Tudo por meio da internet, de forma simples e com valor mínimo de apenas R$30,00.
À medida que os brasileiros foram conhecendo como funciona o Tesouro Direto, essa aplicação passou a ameaçar a soberania da poupança no país. Isso porque esses títulos têm a mesma natureza da caderneta.
Por isso, se você está pensando em investir no Tesouro Direto, saiba que ele oferece algumas vantagens boas e principais:
SEGURANÇA - Os investimentos em títulos públicos, por meio do Programa Tesouro Direto, são 100% garantidos pelo Tesouro Nacional, ou seja, são os investimentos mais seguros do país.
LIQUIDEZ - Porque o próprio Tesouro Nacional recompra os títulos diariamente.
RENTABILIDADE maior que a Poupança.
100% DIGITAL - Você não precisa sair de casa para investir! Todas as aplicações, resgates e acompanhamento dos seus investimentos são feitos pelo site, ou se você preferir, dá para fazer tudo pelo celular também no aplicativo oficial do Tesouro Direto.
FLEXÍVEL - Com o Tesouro Direto, você escolhe os títulos que vai investir de acordo com os seus objetivos e necessidades e pode resgatá-los, a preços de mercado, a qualquer momento. São diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de remuneração.
ACESSÍVEL
Com pouco mais de R$ 30 você já pode investir no Tesouro Direto. Não é preciso nem muito dinheiro para começar a investir nem ser um especialista em investimentos.
Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto?
Mas o que é Tesouro Direto e quais os títulos disponíveis? Se você quer entender como funciona o Tesouro Direto, é preciso saber em quais ativos que você pode aplicar e quais as diferenças entre eles. Existem diversos tipos de títulos do Tesouro Direto, e eles são divididos em, basicamente, 3 grupos:
Tesouro Prefixado
Muito buscado por quem tem medo da volatilidade do mercado. No Tesouro Prefixado, você sabe exatamente qual o percentual de rentabilidade de seu título. Ou seja, no dia da compra você já fica sabendo quanto vai receber de volta no vencimento do papel. Simples assim.
Existem 2 tipos de Tesouro Prefixado: o LTN, que paga os juros no vencimento e o NTN-F, com pagamento de juros semestrais.
Tesouro Selic (pós-fixado)
O Tesouro Selic (LFT) paga os juros de acordo com a taxa Selic. Ou seja, quanto maior a Selic, maior sua remuneração. O fato de render a Selic diariamente faz desses papéis os mais conservadores do mercado — e também os mais indicados para investimentos de curto prazo.
Esse título é pós-fixado, ou seja, você tem uma referência do pagamento de juros, mas não sabe exatamente o percentual a receber, porque depende da movimentação da Selic. Dessa forma, se você comprar seu título quando essa taxa estiver em 6,5% e, dentro de 2 anos, ela subir para 14%, seu rendimento terá sido bem maior.
Tesouro IPCA+ (híbrido)
Esse título é mais indicado para investimentos no longo prazo, pois a remuneração dos ativos segue a variação do IPCA (índice de Preços ao Consumidor Amplo), além de uma taxa prefixada. Por estar ligado ao índice que mede a inflação, é o único título que garante rentabilidade real positiva, ou seja, ele rende sempre acima da inflação.
Existem 2 tipos de Tesouro IPCA+: o NTN-B Principal que paga todos os juros no vencimento, e o NTN-B com juros semestrais, que paga juros a cada 6 meses. Ambos são muito utilizados por pessoas que investem com foco na aposentadoria, por exemplo.
Como você pôde ver, a escolha do melhor título irá depender do seu perfil, tolerância ao risco e objetivos. E vale lembrar que, além de escolher o título público que se encaixa em seu planejamento, também é importante diversificar seus investimentos. Assim você pode aumentar a rentabilidade e, principalmente, a segurança da sua aplicação.
Ainda existem dúvidas sobre investir no Tesouro Direto? Procure uma assessoria de investimentos confiável para te ajudar nesse processo!
Por: Daniella Rolim, CFP®